Xinando - Cartoon
Cartoons made in Açores

sábado, 23 de dezembro de 2017

Ecos 36 - Separar, separar, separar

Época natalícia. Por vezes reduz-se a mesma ao mais supérfluo: às compras, e ainda mais aos embrulhos...
Não faz mal, que seremos bons ecologistas se pusermos tudo nos ecopontos certos, até eles abarrotarem.

Cartoon de 23 de Dezembro de 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Achas para as fogueiras

A tragédia que ocorreu em Pedrógão Grande e arredores, tem feito vir ao de cima várias facetas dos seres humanos, como nós, Portugueses, o somos na maioria.
A primeira faceta é a solidariedade, demonstrada de várias formas, em primeiro lugar a das pessoas que deixam tudo para trás para salvar os outros, mesmo que possam não se salvar a si: os Bombeiros!
Também sobressai a coragem, o empenho e o sentido de responsabilidade de todos aqueles que desempenham funções diversas na luta contra esta situação, sejam forças de segurança, protecção civil, pessoal de saúde, e todos os anónimos que ajudaram a defender casas, a alimentar e alojar desalojados, e a apoiar famílias em desespero.

Depois, uma faceta horrível: o oportunismo.
Há quem roube casas evacuadas. Há quem chame a atenção a si. E há todos os tipos de oportunismo político. Nada disto me surpreende, claro.

A exploração jornalística, embora também previsível, já originou discussões (estéreis) sobre a ética de uns e outros profissionais, e com razão. O problema é que os mesmos que reconhecem que faltou profissionalismo a outros colegas, não são olham para a sua conduta, que muitas vezes põe instantaneamente em causa o trabalho dos outros.
Como é possível os órgãos de comunicação social estarem constantemente a entrevistar pessoas ligadas ao combate aos incêndios, com perguntas sobre questões para as quais não poderiam ter oportunidade sequer de terem respostas concretas?
Todas aquelas pessoas, sejam bombeiros na frente, sejam pessoas na coordenação, estão a tomar decisões sucessivas para controlar um incêndio gigantesco e trágico que lavra em várias frentes há quase uma semana. Todos se estão a esforçar para que se controlem e extingam os fogos. Acredito que muitos estão focados na emergência deste minuto e eles próprios terão dúvidas em cada decisão, e estão a escolher opções e a agir. Muitos estarão já permanentemente marcados pelo que viram, pelo que conseguiram fazer, e principalmente pelo que não conseguiram. Muitos estão cheios de "se..." e ficarão para sempre a se questionar se aquela decisão foi a melhor ou não... aquela entre milhares, a se sucederem furiosamente.

Tudo isto e continuamos a ver os senhores repórteres, em momentos em que as autoridades reservam para informar a população, a fazer perguntas do tipo: "o que falhou?", "não acha que fulano se deve demitir?", "de quem é a culpa?", sempre! A todos os que encontram! E depois toca a explorar a resposta, seja porque o interpelado foi evasivo, se foi falso porque disse o contrário do que se queria, ou se explodiu e disse algum disparate.
Sim, senhores jornalistas, os senhores têm discutido o que é informar e o que é sensacionalismo. Mas nesse vosso debate não consideram nunca que, a coberto do vosso "dever de informar", atrapalham quem está a tentar salvar vidas e bens. Imaginam que uma pessoa que está há dias a dar tudo, a dormir e a comer só se pode e sempre a menos, precisa mesmo que venha um "artista" lhe perguntar a que horas se vai demitir, ou se alguém se deve demitir?
Sim, o melhor que muitos faziam era se demitir a meio de um incêndio destes... demitir da irresponsabilidade!
Depois, e antes sequer de fecharem os gabinetes de crise, e de se apurar o que quer que seja, chama-se os governantes ao parlamento, pois o principal é ir esclarecer os deputados, e isso antes de se ter dados concretos é sempre mais interessante.
Depois do parlamento, entrevistas... nem chegam a saber onde são os gabinetes...

Cartoon de 23 de Junho de 2017

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Na Tasca 189 - Cartilhar

Há notícias que me fazem rir. Mas muitas deixam-me estupefacto sobre se as pessoas acreditam mesmo na santidade absoluta do seu lado e maldade absoluta do outro, e isto no futebol é extremo.
Desde que as nossas televisões usam e abusam de comentadores "isentíssimos" filiados a clubes e a partidos, é um tal desfilar de inocência, lucidez, coerência e, principalmente de isenção!
Há umas semanas atrás, alguém lança a ideia de uma "cartilha", semeando indignação, provavelmente ao mesmo tempo que distribuía esta ideia pelos "colegas" que lêem a mesma cartilha que ele. Sim, pois cartilhas e estratégias de comunicação é o que mais há por aí (se não for só mesmo isso que há).
Quando dois clubes anunciam o reatar de relações institucionais não por se terem reunido os presidentes ou outros dirigentes, mas "apenas" os directores de comunicação, só me parece uma coisa: foram só combinar as bocas a mandar a seguir.
Mas nesta guerra que nada tem de desportiva, há também a história: mais dia menos dia zangam-se de novo as comadres (geralmente basta um jogo entre eles em qualquer modalidade) e dizem-se as verdades.
A história também diz que o clube pequeno entre os dois dá um empurrãozinho ao grande, esperando vir a comer algumas migalhas a seguir (se eu te ajudar a ganhar campeonatos, também vais deixar algum para mim... isto não tem nada de corrupto, são só relações institucionais). A história também diz que o que ganha toma-lhe o gosto, e começa a se esquecer de ceder a migalha ao pequeno. Tem sido assim. Depois, zangam-se de novo e o pequeno fica novamente sozinho e verde no seu canto...
E é isto a que querem incessantemente chamar desporto. Até nas televisões e jornais, chamam "notícias do desporto" às do futebol, e "notícias das modalidades" aos restantes desportos... estupidez!

Cartoon de 12 de Maio de 2017

quarta-feira, 29 de março de 2017

Rallymarias quaresmais

Promove-se os Açores esquecendo-se dos Açores?
Promover o rallye precisamente na altura das romarias, em que há centenas de pessoas a caminhar pelas estradas é responsável?
Mesmo que se defina troços e ligações que não coincidam com os trajectos dos romeiros, o rallye tem público que vive nas localidades e tende a acelerar para ir ver os troços. Por mais segurança que se apregoe e tente implementar, o público entusiasma-se e ultrapassa muitas vezes o bom senso ao conduzir, tornando-se perigoso.
Há um investimento tão grande neste evento e arrisca-se a manchá-lo assim? E o rallye é para promover os Açores ao exterior ou só para deixar o exterior fazer o que quiser e quando quiser cá e a população que se desvie e agradeça?

Cartoon de 29 de Março de 2017

sexta-feira, 17 de março de 2017

quarta-feira, 8 de março de 2017

Ora Bolas 001


Nova série de cartoons, sobre o clubismo e o "adeptismo cego".
Não têm cores, cada um que se atreva a pintá-los...

Cartoon de 08 de Março de 2017

quinta-feira, 2 de março de 2017

Desenhar dizeres 47


Mais uma expressão, sempre presente no dia-a-dia...

Cartoon de 02 de Março de 2017



(a memória é curta)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Na Tasca 188 - Ao largo da costa

Seja como for, com o que se vai desvendando sobre os melhores gestores do mundo, as empresas mais fantásticas do país, e a ultra-eficaz justiça tributária e regulação bancária, no fim o que interessa, como sempre, é umas comissões parlamentares e assunto para ocupar as politiquices. Sempre.

Cartoon de 28 de Fevereiro de 2017

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Jornalites

O que são notícias? O que é jornalismo? Como é que querem que eu responda, se andam por aí muitos jornalistas que de certeza nem imaginam o que isso é?

Cartoon de 20 de Fevereiro de 2017

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Na Tasca 187 - Ohhhh René!

Faleceu Gorden Kaye, o inesquecível René Artois de Allo Allo. Durante alguns anos, René esteve presente em milhões de gargalhadas em muitos lares.
As suas trapalhadas, mais aquelas em que o metiam, pareciam não ter fim, sempre à volta de sobreviver às circunstâncias e conflitos, tentando levar a melhor perante o sistema, com esperança que a guerra acabaria e que melhores dias viriam. Parece contemporâneo, não parece?
Obrigado Gorden pelas gargalhadas.

Já agora, quando o René foi "fuzilado" e enterrado, no dia seguinte apareceu o "irmão gémeo" para tomar conta do café... será que amanhã não aparece no lar um "irmão gémeo" do Gorden?

Cartoon de 24 de Janeiro de 2017

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Na Tasca 186 - Hell has frozen


A sociedade entra oficialmente hoje numa nova era glacial.
Era bom que fosse só por causa da vaga de frio e de estar a nevar em sítios onde não nevava há décadas. É mesmo o culminar de um declínio social, de um poder descontrolado no uso e deturpação da informação, e da consequente deformação da sociedade e das mentalidades.
Trump toma posse. Não há humor para isto.

Cartoon de 20 de Janeiro de 2017

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Na Tasca 185 - Penalties

Semana de muito barulho e reacções extremadas por causa do futebol. Eleva-se o grito até se ver o medo e as consequências nas reacções dos adeptos. Depois, há que assobiar para o lado, pois o assobio anterior era mesmo para esses excessos.
Sempre os penalties, os cartões, o que nos tiraram, esquecendo o que nos dão e tiram aos outros. Talvez fosse melhor jogar só a penalties, deixando de tentar marcar golos de outra forma...
Mesmo nos casos em que ninguém se entende, eleva-se a voz ao nível do escândalo e do roubo, com a máxima violência verbal. Nalguns casos, grita-se até que os outros concordem ou deixem de discutir... Quanto mais se grita contra (com ou sem razão, entre tantos, há com e sem razão), menos se fala nos lances favoráveis, e também tem havido bastantes.
A verdade é que os mesmos lances, sendo contra ou a favor, são gritados sempre a favor do fervor clubístico: na nossa área nunca é, na dos adversários, é sempre. A discussão não é bem se foi ou não, é mais gritar: "mas eu queroooooo".
Os três grandes falam de boca cheia, pois desde que me conheço nenhum foi alguma vez campeão com reconhecimento dos outros dois, e em cada título há uma lista extensa de "razões externas" para justificar o próprio insucesso. Mesmo perante provas concretas de determinadas situações, há medo de mexer com os grandes, e só se castiga quando não terá efeito significativo (uns pequenos desceram de divisão, outros, maiores, perdem pontos na medida suficiente para não mexer na classificação, ou os jogadores só são castigados quando não faz diferença...). E os dirigentes que temos... sérios e coerentes que se fartam!
Depois, como é possível haver tantos programas de "comentário desportivo", transmitidos sem bolinha vermelha e em horário acessível a crianças? (já para os adultos é lesivo à saúde mental e desenvolvimento cognitivo). Aquilo é uma vergonha pegada e cheia de gente sem escrúpulos ou sem o mínimo de sentido de responsabilidade e desportivismo (aqui incluo todos e garanto que tanto me enojam os comentadores/defensores dos outros clubes como os do meu).
Fechem essa loja.
Um dia há uma desgraça e ninguém pôs as achas na fogueira.

Cartoon de 06 de Janeiro de 2016